quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Após 16 anos, ex-líder skinhead muda de vida e apaga tatuagens racistas do corpo.



O americano Bryon Widner passou 16 anos como ativista skinhead. Era considerado um dos skinheads e pregadores da supremacia brancos mais violentos. Integrava o grupo Vinlander Social Club Skinhead Gang, um dos grupos mais violentos dos EUA, e mostrava sua filosofia de vida em diversas tatuagens espalhadas pelo seu corpo, inclusive no rosto. Em uma reviravolta, aos 32 anos, Widner resolveu mudar de vida.

Casado e pai de um filho, a história de Widner virou tema de documentário na TV americana. O filme acompanhou todo o processo de mudança e também a retirada de todas as tatuagens. Para isso foram necessárias 25 cirurgias que levaram 16 meses. A última aconteceu em 22 de outubro de 2010.

A mulher de Widner, Julie, disse que temeu por diversas vezes que o marido fizesse algo e voltasse atrás, dada a dificuldade de apagar todo o passado.

"Nós deixamos o movimento, criamos uma boa família. Temos muita coisa para viver ainda. Sempre pensava que alguém estava olhando por nós", disse Julie à Associated Press.

Widner primeiro deixou o movimento e, tatuado, não conseguia arrumar emprego. A decisão de deixar o corpo novamente limpo foi difícil, pois a família precisaria encontrar bons médicos e juntar dinheiro. "Chegou um momento em que eu estava totalmente preparado para jogar ácido no meu rosto [para remover as tatuagens]", disse ele.